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  • Foto do escritorGustavo Caldwell

Anexo I do Simples Nacional: Comércio



Introdução ao Anexo I

O Anexo I do Simples Nacional é destinado às atividades de comércio. Esse regime simplificado é voltado para micro e pequenas empresas, facilitando o pagamento de tributos federais, estaduais e municipais. As empresas que se enquadram neste anexo são aquelas que atuam na compra e venda de mercadorias.


Exemplos de empreendimentos que podem usar o Anexo I incluem:

  • Padarias

  • Lojas de roupas

  • Supermercados

  • Farmácias

  • Lojas de conveniência

  • Comércio de eletrônicos

  • Livrarias

  • Lojas de brinquedos

 

Alíquotas e Faixas de Faturamento

O Simples Nacional adota um sistema de alíquotas progressivas que variam de acordo com a faixa de faturamento anual da empresa. A tabela a seguir detalha as faixas de alíquotas aplicáveis para o Anexo I:

Como calcular o Simples Nacional:


Primeiro: Calcule a Receita Bruta dos últimos 12 meses (RBT12)

O primeiro passo é identificar a receita bruta total (RBT12) da empresa nos últimos 12 meses, que corresponde a todas as entradas resultantes da venda de produtos.


Exemplo: Receita Bruta Total (RBT12) = R$ 340.000,00

 

Segundo: Identifique da alíquota e da Parcela a Deduzir

Com o valor da RBT12 em mãos, consulte a tabela do Anexo I para verificar em qual faixa de receita a empresa se encaixa e identifique a alíquota e a parcela a deduzir.


Exemplo:

  • RBT12: R$ 340.000,00

  • Faixa: 2ª Faixa

  • Alíquota (ALIQ): 7,30%

  • Parcela a Deduzir (PD): R$ 5.940,00


Terceiro: Calcule a Alíquota Efetiva

Calcule a alíquota efetiva do Simples Nacional utilizando a fórmula:



Exemplo:



Cálculo do Valor do Simples Nacional

Com a alíquota efetiva, calcule o valor a ser pago pelo Simples Nacional no mês em questão. Para isso, aplique a alíquota efetiva sobre o faturamento mensal.


Exemplo:

  • Faturamento Mensal: R$ 30.000,00

  • Alíquota Efetiva: 5,55%


Como Calcular o Simples Nacional de uma Empresa Nova?

Como você pôde ver até agora, uma das bases do cálculo do Simples Nacional é a receita bruta anual da empresa, ou seja, o seu faturamento dos últimos 12 meses. Mas como chegar a esse valor quando a empresa é nova ou não tem todo esse tempo de atividade?


Nesse caso, será considerada a receita bruta proporcionalizada.


Por exemplo, se a empresa foi aberta em junho, o cálculo da Receita Bruta dos últimos 12 meses deve incluir a receita gerada desde junho até dezembro, e essa receita deve ser proporcionalizada para representar um ano completo.


Vou elaborar um exemplo mais detalhado:


Suponha que a empresa abriu em junho e gerou a seguinte receita mensal:

  • ·         Junho: R$ 10.000

  • ·         Julho: R$ 12.000

  • ·         Agosto: R$ 15.000

  • ·         Setembro: R$ 14.000

  • ·         Outubro: R$ 16.000

  • ·         Novembro: R$ 18.000

  • ·         Dezembro: R$ 20.000


A receita total de junho a dezembro é:

  • ·         Receita Total = 10.000 + 12.000 + 15.000 + 14.000 + 16.000 + 18.000 + 20.000 = R$ 105.000


O período de operação é de 7 meses. Para encontrar a receita proporcional para 12 meses, divida a receita total pelo número de meses em operação e multiplique por 12:

  • ·         Receita Proporcional = (Receita Total / 7) * 12

  • ·         Receita Proporcional = (105.000 / 7) * 12

  • ·         Receita Proporcional = 15.000 * 12

  • ·         Receita Proporcional = R$ 180.000


Portanto, a Receita Bruta anual proporcional para essa empresa seria R$ 180.000.


Obrigações Acessórias e Documentação

As empresas optantes pelo Simples Nacional devem cumprir diversas obrigações acessórias. Entre elas estão:


  1. DEFIS (Declaração de Informações Socioeconômicas e Fiscais): Declaração anual com informações fiscais e contábeis.


  2. PGDAS-D (Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional – Declaratório): Declaração mensal para cálculo e pagamento do DAS.


  3. Emissão de Notas Fiscais: Obrigatoriedade de emitir notas fiscais de venda.


Benefícios e Desafios

Benefícios:


  1. Simplificação Tributária: Unificação de vários tributos em uma única guia de pagamento.


  2. Redução da Carga Tributária: Alíquotas reduzidas e progressivas.


  3. Facilidade de Gestão: Menos burocracia e simplificação das obrigações fiscais.


Desafios:

  1. Limite de Faturamento: Empresas com crescimento rápido podem ultrapassar o limite e sair do regime.


  2. Restrições em Atividades: Algumas atividades específicas têm restrições para optar pelo Simples Nacional.


  3. Fiscalização e Penalidades: Necessidade de manter-se em conformidade para evitar penalidades.


Conclusão

O Anexo I do Simples Nacional é uma excelente opção para empresas de comércio, oferecendo simplificação e redução da carga tributária. No entanto, é fundamental estar atento às obrigações acessórias e aos limites de faturamento para manter os benefícios desse regime.


Fale sempre com um contador para tirar suas dúvidas e verificar se o Simples é realmente a melhor opção para o seu negócio.


Se precisar de qualquer ajuda, pode nos contatar, estamos sempre à disposição.



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